quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O MAIOR PISTOLEIRO DO BRASIL FOI EXECULTADO NO ESTADO DO CEARA

Portal Verdes Mares - 04/01/2011

Pistoleiro 'Mainha' é executado em Maranguape

Atualizado às 20h

Foi executado, nesta terça-feira 04 de janeiro de 2011, o pistoleiro Idelfonso Maia Cunha, o ´Mainha´, de 55 anos de idade.


Segundo a Polícia Civil, ele era considerado um dos mais violentos matadores do estado e seria suspeito da autoria de pelo menos 100 mortes desde a década de 1980.
O crime aconteceu atrás da cadeia pública da Colônia Amanari, que fica em Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza.
De acordo com informações da polícia, os bandidos chegaram num veículo Corolla de cor preta e efetuaram dezenas de disparos na cabeça da vítima.
A perícia ainda está a caminho, já que a região é de difícil acesso. Um cerco no local já foi feito em busca dos bandidos.

O corpo de "Mainha" foi  encontrado em um terreno baldio e afastado, na rua Samambaia. Ele estaria andando a cavalo no momento em que foi assassinado.

A arma utilizada no crime, segundo as primeiras investigações, foi uma .40, de uso exclusivo da polícia.

Natural de Limoeiro do Norte, na região Jaguaribana, Mainha era um dos mais conhecidos pistoleiros do País. Ele teria matado dezenas de pessoas em vários estados do Nordeste, e cumpria pena em regime semiaberto. Em 1994, durante rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), ganhou destaque ao conseguir resgatar e salvar a vida de Dom Aloísio Lorscheider, que havia sido feito refém por outros detentos.
 Mainha havia sido preso pela última vez em 6 de maio de 201, quando foi abordado em uma blitz no município de Maracanaú. Na ocasião, ele foi detido por porte ilegal de arma, mas acabou sendo liberado em seguido. Há quatro anos morava em Maranguape.

 
 
 


Frases marcantes ditas por "Mainha"

"Há 10 anos estou fora, cumprindo um regime pesado semi-aberto"
"Posso nem trabalhar direito"

"Onde eu chego... Nem ao clube posso andar porque sou 'botado para fora'"
"Eu não ando em bodega, não ando em bar, nem em festas"

"O que eu fiz não tenho vergonha de nada, não"
"Não sou aquela pessoa que quer mau exemplo para os filhos. Quero os meus filhos 'numa boa'"

"Não quero meus filhos em coisas erradas. Quero estudando e se formando"
"Tenho medo de ser desmoralizado, morrer não"

Fortaleza, Ceará - Quinta-feira 13 de maio de 1999
‘Mainha’ absolvido no caso da ‘Chacina da BR’ 
Jurados aceitaram, por cinco votos a dois, os argumentos apresentados pelos advogados do réu

 Responsabilizado pela denominada ‘Chacina da BR’, em Alto Santo, o pistoleiro Idelfonso Maia Cunha, o ‘Mainha’, absolvido pelo Conselho de Sentença do 5 Tribunal do Júri. Os jurados não aceitaram os argumentos apresentados pelo representante do Ministério Público. Ele respondeu pelas mortes do ex-prefeito de Pereiro, João Terceiro de Sousa; sua mulher Raimunda Nilda de Sousa; o motorista Francisco de Assis Aquino, e do policial militar João Odeon de Araújo, acontecidas no 16 de abril de 1983, na BR-116.

     Nesse julgamento, o Ministério Público foi representado pelo promotor de Justiça Sílvio Lúcio Correia Lima e a defesa pelos advogados Ronaldo Braga Teles, José Wellington Diógenes, Paulo Linhares e José Luiz Carlos Lima. O primeiro julgamento aconteceu no dia 17 de abril de 1997. Os jurados o condenaram a 64 anos de reclusão. Inconformado, ele recorreu, alegando ter sido julgado contra a prova dos autos. O Tribunal de Justiça o mandou a novo júri. Mainha, denunciado por homicídios qualificados - por crueldade e surpresa (emboscada) - e ele acabou tendo sua absolvição por maioria de votos (5X2).

     Ratificando o depoimento prestado no primeiro julgamento, o denunciado disse ser inocente, pois naquele dia - na data dos crimes - estava morando e trabalhando em um frigorífico de sua propriedade, em Belém do Pará. Ele disse ter sabido das quatro mortes a ele atribuídas, pelo primo de sua mulher, José Edinir Maia Chaves.

     Edinir, proprietário do Posto Universal, em Alto Santo, embora tenha sido arrolado pelo advogado de defesa, Ronaldo Teles, foi ouvido na presença do Conselho de Sentença, como testemunha da Justiça, sob protesto do promotor Sílvio Lúcio. O delegado Eugênio Dias da Costa, ex-diretor do Comando de Operações Especiais (COE), foi ouvido, também sob protesto.

     OS DEBATES - Iniciada às 8h30min, a leitura das peças mais importantes do processo terminou às 14h30min. Antes da apresentação das teses - tanto da acusação como da defesa - houve, a requerimento do titular da ação penal, a exibição de uma fita de vídeo. Nela ‘Mainha’, assistido por seu procurador, o então advogado Teodoro Silva Santos, confessou com detalhes autoria das quatro execuções em Alto Santo. Fazendo uma análise das declarações prestadas pelo dono do Posto Universal, Sílvio Lúcio o criticou. O promotor falou durante 70 minutos, e concluiu seu trabalho solicitando a condenação de ‘Mainha’.

     Os procuradores do acusado ocuparam a tribuna por duas horas. Eles analisaram, principalmente, o parecer do procurador Luiz Gonzaga Batista Rodrigues. Essa manifestação foi examinada com reservas pelo promotor. Houve réplica e tréplica. Ao final, ‘Mainha’ foi considerado inocente no caso da ‘Chacina da BR’. O promotor deverá examinar o processo e - dentro do prazo legal - ingressar com um
recurso

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