‘Vivi’ foi indiciado por porte de arma, ameaças e dependendo do resultado da perícia poderá responder por duplo homicídio
Somente após a confirmação de exames realizados na pistola apreendida em poder do desempregado Eligledson Benício Linhares, o “Vivi” de 22 anos, apontado como o “terror do bairro Paredões”, é que a polícia poderá confirmar o envolvimento dele nos assassinatos da flanelinha Maria da Conceição e Aurino Laurentino, ambos mortos esta semana no bairro Paredões.
“Acreditamos que os calibres sejam compatíveis, mas somente a perícia poderá confirmar”. Assim informaram os delegados Renato Batista, da Primeira Delegacia de Polícia, e Teixeira Júnior, titular da Delegacia de Plantão durante uma coletiva na qual foram esclarecidos vários crimes praticados nas últimas semanas durante uma disputa entre traficantes no bairro Paredões.
Eligledson Benício, que foi preso em flagrante na quarta-feira passada, 8, após ter ameaçado um comerciante na Cobal, foi indiciado ontem por porte ilegal de arma de fogo e também responderá a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por delito de ameaça.
Os delegados ainda pediram a prisão preventiva de “Vivi” depois que outras vítimas compareceram à delegacia para denunciar várias tentativas de homicídio e disparos em via pública, todos atribuídos ao homem suspeito de envolvimento com tráfico de drogas, e apontado por moradores como o terror do bairro Paredões.
A polícia acredita que a flanelinha Maria da Conceição e Aurino Laurentino foram mortos em decorrência de uma disputa entre traficantes e que ambos foram assassinados no mesmo dia. As vítimas foram vistas juntas na mesma noite em que Maria da Conceição foi assassinada, mas o cadáver de Aurino Laurentino só foi encontrado no dia seguinte, com uma corda amarrada ao pé direito, com a clavícula deslocada e com pelo menos oito disparos de arma de fogo, em uma galeria de esgoto, próximo a Rua Anatalia de Melo Alves no bairro Paredões.
Renato Batista declarou que Aurino Laurentino pode ter tido o corpo “desovado” na galeria, já que seu cadáver apresentava sinais de rigidez. “Os crimes podem ter ocorrido de forma simultânea ou em seqüência. O certo é que as mortes estão relacionadas à disputa entre traficantes no Paredões”, declarou Renato.
Antes dos homicídios, “Vivi” já vinha sendo investigado em relação a disparos de arma de fogo em via pública decorrentes de uma disputa entre traficantes no Paredões. Os atentados ocorreram no dia 26 de outubro e na madrugada do dia 28 de outubro. Várias residências tiveram suas fachadas atingidas por disparos e pelo menos quatro pessoas foram atingidas por projéteis de pistola 380.
No dia 26 de outubro, as fachadas de três residências de amigos de um homem identificado como Luizinho, apontado como o principal inimigo de “Vivi”, foram baleadas. Uma das casas, localizada na Avenida Marechal Floriano, pertence a uma tia de Luizinho. Já no dia 28 de outubro, a casa de Luizinho também foi alvo de disparos e duas pessoas saíram feridas. Peterson Meses de Souza, de 16 anos, foi alvejado e até hoje se encontra internado na UTI do Hospital Regional Tarcísio Maia.
No local também foram recolhidas cápsulas de pistola 380, do mesmo calibre da arma aprendida em poder de “Vivi”. Ele também foi submetido a exames residográficos.
Luciano Maia - Gazeta do Oeste/O Câmera
Luciano Maia - Gazeta do Oeste/O Câmera
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